Diagnosticado com paralisia cerebral ao nascer, Rafael Silva, 24 anos, ouviu dos médicos que talvez nunca aprenderia a ler. Hoje, o jovem de Nova Itarana (BA) não apenas domina as palavras como as transformou em um livro emocionante: “Diário de Rafael”, obra que narra sua trajetória de superação e se tornou um símbolo de resistência e fé. Com prefácio escrito durante tratamentos no Hospital Sarah, em Salvador, o projeto literário desafia limites e oferece um recado universal: “É possível vencer, mesmo nas maiores dificuldades”.
Nascido em uma pequena cidade do interior baiano, Rafael enfrentou desde cedo os desafios da mobilidade reduzida e da falta de acessibilidade. Porém, foi na literatura que encontrou um refúgio e, mais tarde, uma missão. O contato com os livros durante suas internações no Hospital Sarah — referência em reabilitação física — despertou nele o desejo de escrever.
O resultado é uma obra íntima e corajosa, que mistura memórias pessoais, reflexões sobre deficiência e mensagens de incentivo. Em trechos do livro, ele descreve: “Minha maior alegria é ver minha história virando páginas. Escrevi com o coração para quem já pensou em desistir”.