Valente é a cidade da região Sisaleira com melhor qualidade de vida, aponta estudo

Valente é a cidade do Território do Sisal com melhores condições de qualidade de vida para os moradores, segundo levantamento divulgado na última sexta-feira (30) pelo Índice de Progresso Social (IPS). 

A classificação para traçar um diagnóstico da qualidade de vida nas cidades brasileiras avalia um conjunto de indicadores em três eixos: 

•    Necessidades Humanas Básicas: inclui nutrição, saúde, moradia e segurança
•    Fundamentos do Bem-Estar: como acesso ao conhecimento, comunicação e saúde ambiental
•    Oportunidades: foca em direitos individuais, inclusão social e educação superior

As notas variam de 0 a 100, e quanto maior a média, melhores são as condições. 
Valente recebeu 62,06 pontos na avaliação do IPS. O número coloca a cidade no topo da região sisaleira, na 4ª colocação no estado da Bahia (417 cidades) e 1.373ª posição no Brasil (5.570 cidades). 

Necessidades Humanas Básicas: 76,11 

•    Nutrição e cuidados médicos básicos: 78,18
•    Água e saneamento: 78,89
•    Moradia: 91,19
•    Segurança pessoal: 52,2

No eixo de Necessidades Humanas Básicas, o pior indicador em Valente foi o de domicílios com piso adequado, que integra o critério de Moradia e recebeu avaliação considerada fraca pelo IPS.

Outros dois indicadores, como abastecimento de água via rede de distribuição, índice de abastecimento de água e homicídio, foram avaliados como fortes. 

Fundamentos do Bem-estar: 63,13

•    Acesso ao conhecimento básico: 69,54
•    Acesso à informação e comunicação: 61,97
•    Saúde e bem-estar: 56,26
•    Qualidade do meio ambiente: 64,73

Já no eixo de Fundamentos do Bem-estar, vários critérios foram avaliados como fortes e ajudaram a elevar a nota da cidade: entre eles estão evasão no ensino médio, densidade de telefonia móvel, áreas verdes urbanas e focos de calor. O único indicador considerado fraco foi cobertura de internet móvel.

Oportunidades: 46,95 

•    Direitos individuais: 25,24
•    Liberdades individuais e de escolha: 55,67
•    Inclusão social: 79,94
•    Acesso à educação superior: 26,94

O eixo de Oportunidades, que recebeu a pior nota, teve dois critérios avaliados como fracos: índice de atendimento à demanda de Justiça e taxa de congestionamento líquido de processos, que fazem parte de Direitos Individuais. 

Por outro lado, critérios como acesso a programas de direitos humanos, acesso à cultura, lazer e esporte, gravidez na adolescência, índice de vulnerabilidade das famílias do cadastro único, nota mediana do Enem são considerados fortes pelo avaliador.

IPS – O Índice de Progresso Social (IPS) é uma metodologia que avalia a qualidade de vida da população no Brasil de forma multidimensional. Além de avaliar se as pessoas têm o necessário para prosperar, indo além das métricas tradicionais e paradigmas econômicos, ela permite comparar municípios, estados e regiões. 

O IPS é composto por dados socioambientais e de resultado, ou seja, o IPS não mede a quantidade de infraestrutura ou recurso investido em um município, mas avalia se essa infraestrutura ou esse recurso estão trazendo resultados para as pessoas. 

Além disso, o IPS usa dados públicos, recentes, e que sejam disponíveis para todos os municípios Brasil. Entre eles estão dados de fontes oficiais e de institutos de pesquisa, como DataSus, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Criador expõe carneiro morto na entrada de cidade em protesto contra ataques de cães

Problema recorrente tem causado prejuízos financeiros a produtores rurais da região

Um protesto impactante chamou a atenção dos moradores de Valente, cidade localizada na região sisaleira da Bahia, no último sábado (1º). Para denunciar os frequentes ataques de cães ao rebanho de sua família, o ovinocultor Ademir Alécio Lima expôs o corpo de um borrego morto no portal de entrada da cidade. O animal, da raça Dorper, foi vítima de um ataque na propriedade de seu pai, situada às margens da estrada de acesso ao povoado Tanquinho, na zona rural do município.

De acordo com Ademir, o ataque foi registrado pelas câmeras de segurança da fazenda. “Estávamos em casa quando o aplicativo começou a notificar. Quando abri, vi os cães atacando as ovelhas. Corremos para lá, mas, ao chegar, encontramos eles pegando esse borrego. Infelizmente, não houve tempo para salvar, pois ele foi estrangulado”, relatou o criador.

Esse, no entanto, não é um caso isolado. Ademir revela que o rebanho da família já sofreu cinco ataques semelhantes. “O penúltimo foi ainda mais grave: 18 animais atacados, 12 mortos e 6 que lutamos para salvar”, desabafou. A propriedade da família fica a cerca de três quilômetros da área urbana de Valente, e os prejuízos financeiros têm se acumulado.

O protesto foi uma forma de alertar as autoridades e a população sobre o problema, que afeta não apenas a segurança dos animais, mas também o sustento dos produtores rurais da região. “As pessoas acham que só o cachorro tem valor, que os animais de criação rural não importam”, lamentou Ademir.

A situação tem gerado preocupação entre os criadores locais, que buscam soluções para evitar novos ataques e garantir a proteção de seus rebanhos. Enquanto isso, a exposição do borrego morto no portal da cidade serve como um símbolo da luta desses produtores por mais atenção e apoio.

Com informações de Notícias de Santaluz


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