Quase meio milhão de beneficiários dependem do Planserv – Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais, considerado por lideranças sindicais e associações um patrimônio coletivo que precisa ser preservado. Em encontro realizado em Salvador, representantes de diversas entidades destacaram a importância de investimentos, da ampliação da rede de atendimento e da recuperação da qualidade histórica do plano.
O movimento também ganhou força nas redes sociais. Vídeos com depoimentos de lideranças e servidores estão sendo divulgados no perfil O Planserv é Nosso (@oplanservenosso), no Instagram.
Planserv como direito
O presidente da Fetrab, Kleber Rosa, defendeu que a assistência deve ser tratada como direito fundamental. “O Planserv que eu defendo é uma assistência que atenda de forma digna e com qualidade a todos os servidores, independentemente da faixa de remuneração. Ele é muito mais do que um benefício de saúde, é garantia de qualidade de vida”, afirmou.
Na mesma linha, o coordenador de Comunicação da Fetrab e diretor da APLB Sindicato, Reginaldo Alves, reforçou: “É necessário que o governo retome os investimentos no Planserv e é por isso que nós vamos continuar lutando. O Planserv é nosso, é um patrimônio do servidor público.”
Críticas e preocupações
A perda de qualidade nos atendimentos também foi tema de alerta. O diretor do Sindsefaz, Cláudio Meirelles, destacou: “Esperamos que as dificuldades sejam superadas e que o Planserv volte a ter a qualidade pela qual era conhecido.”
A presidente da Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB), Marinalva Nunes, lembrou o caráter solidário que deu origem ao plano.
“O Planserv que nós precisamos defender é aquele que tem como essência a solidariedade. Quem ganha mais deve contribuir mais, como já acontece, diferente dos planos comerciais. Mas o aumento da contribuição do governo também é fundamental para a sustentabilidade.”
Propostas apresentadas
Além das críticas, dirigentes sindicais sugeriram medidas para fortalecer a assistência. O coordenador intersindical do Sintaj, Bruno Lima, defendeu a revisão das tabelas de contribuição e de honorários médicos, além da ampliação da rede credenciada.
“É preciso rever o reajuste da tabela de honorários, que está muito defasada, e credenciar novas clínicas e hospitais, tanto na capital quanto no interior.”
O diretor de Esporte e Lazer do Sindsefaz, Davi Marcos, lembrou que as tabelas de pagamento estão congeladas há mais de 15 anos.
“O Planserv que defendemos precisa de maior aporte do Estado e de uma presença mais forte no interior, garantindo atendimento digno em todas as regiões.”
Chamado à unidade
O vice-presidente da Fetrab, Reonei Menezes, ressaltou a importância da mobilização da categoria.“Servidor, nos ajude nesse diálogo. Combata as irregularidades e ataques que o Planserv vem sofrendo. Se nós não cuidarmos, quem vai cuidar?”
Já o sargento Antônio Jorge, da Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar da Bahia (APPM), destacou a necessidade de expandir a cobertura.
“O Planserv é nosso. Queremos atendimento digno e de excelência para todos os policiais militares e servidores da Bahia.”