Eleições 2022: Neto derrota Wagner em todos os cenários, diz pesquisa

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), lidera todos os cenários estimados em pesquisa eleitoral feita pelo Instituto Paraná Pesquisas, em parceria com o site Bahia Notícias. Cotado como principal concorrente do democrata, Jaques Wagner (PT) aparece em segundo lugar nas intenções de votos, mas acaba sendo derrotado em todos os cenários, inclusive na disputa direta.

A primeira situação testada foi com as opções de voto pulverizadas, contando com nomes como o senador Otto Alencar (PSD) e o vice-governador João Leão (PP), que atualmente fazem parte da base do governador Rui Costa (PT). ACM Neto aparece nesse cenário com 49,3%, contra 21,4% de Wagner.

Ficam empatados na terceira colocação a secretária de Saúde de Porto Seguro, Raíssa Soares, e Otto Alencar, com 3,9% cada. João Leão, o vereador Alexandre Aleluia e o ex-vereador Marcos Mendes não ultrapassam a casa dos 3% neste cenários. 12,5% dos entrevistados foram brancos e nulos e 5,3% não sabe ou não respondeu.

No segundo cenário, sem as candidaturas de Otto, Leão e Aleluia, Neto acumula um total de 51,9%, ante 24,2% de Wagner. Raissa Soares, possível nome do bolsonarismo na corrida ao governo estadual, aparece com 4,2%. Marcos Mendes tem 0,8% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 13,8% e 5% dos entrevistados não sabem ou não responderam.

Na disputa direta entre ACM Neto e Jaques Wagner, o ex-prefeito de Salvador soma 56,5%, contra 25,8% do ex-governador da Bahia. O número de brancos e nulos fica em 13,7% e 4% não souberam ou não responderam. A pesquisa ouviu 2002 eleitores em 186 municípios da Bahia entre os dias 20 e 24 de março de 2020. A margem de erro é de 2% e o levantamento foi realizado por telefone com baianos com mais de 16 anos.

Ministério da Saúde fecha com 3 empresas aquisição de medicamentos do kit intubação

O Ministério da Saúde anunciou a compra de 2,8 milhões de medicamentos do “kit intubação”. A demanda pelas drogas tem crescido com o agravamento da pandemia. Elas são utilizadas no tratamento de pacientes graves com a Covid-19 internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

“Os medicamentos começaram a ser distribuídos pelo Ministério da Saúde para todo o Brasil, em parceria com três empresas fabricantes”, disse o governo, em nota publicada no site do Ministério na noite desta terça-feira (23). 

Uma das empresas, a Cristália, se comprometeu a fornecer 1,26 milhão de unidades dos medicamentos, informou o governo ao acrescentar que as entregas já foram iniciadas e que devem continuar ao longo dos próximos sete dias. 

A empresa Eurofarma entregará 212 mil ampolas em todo território nacional. A empresa União Química enviará, até 30 de março, 1,4 milhão de unidades de medicamentos. 

“A logística híbrida com a integração pública e privada permitirá que os medicamentos estejam nos estabelecimentos de saúde em menos de 72 horas”, ressaltou a pasta.

Chefes de UTIs ligam ‘kit Covid’ a maior risco de morte no Brasil

Defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como estratégia de combate ao coronavírus, o chamado “kit covid” ou “tratamento precoce”, na verdade, contribui para aumentar o número de mortes de pacientes graves, disseram à BBC News Brasil diretores de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais de referência.

Mais de um ano depois de a pandemia chegar ao Brasil, Bolsonaro continua defendendo a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, embora diversas pesquisas científicas apontem que esses remédios não têm eficácia no tratamento de covid-19.

“Muitos têm sido salvos no Brasil com esse atendimento imediato. Neste prédio mesmo (Palácio do Planalto), mais de 200 pessoas contraíram a Covid e quase todas, pelo que eu tenha conhecimento, inclusive eu, buscaram esse tratamento imediato com uma cesta de produtos como a ivermectina, a hidroxicloroquina, a Azitromicina”, disse o presidente no início do mês.

Mas evidências científicas apontam que esses remédios não têm efeito de prevenção ou tratamento precoce de covid. E médicos de hospitais de referência ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que a defesa e o uso do “kit covid” contribuem de diferentes maneiras para aumentar as mortes no país.

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Cresce parcela da população que pretende se vacinar contra a Covid-19

Com a vacinação em curso no Brasil, mas ainda a passos lentos, cresceu o contingente da população brasileira que pretende se vacinar. Segundo a pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (21), 84% das pessoas querem se vacinar contra o coronavírus, um aumento de cinco pontos percentuais em comparação com a pesquisa de janeiro, quando 79% dos entrevistados tinham essa posição.

De acordo com a pesquisa atual, 5% dos entrevistados disseram já ter recebido pelo menos uma dose do imunizante e 9% da população insistem em não querer se vacinar. Em janeiro, esse grupo era composto por 17% das pessoas.

O instituto ouviu 2.023 brasileiros, por telefone, nas últimas segunda (15) e terça-feira (16). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

EUA: Biden cumpre promessa de aplicar 100 milhões de vacinas 41 dias antes do prazo

O presidente Joe Biden cumpriu nesta sexta-feira (19) -41 dias antes do prazo previsto- a promessa de administrar 100 milhões de doses das vacinas contra o coronavírus nos Estados Unidos, mostram os dados do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças).

Em 14 de janeiro, seis dias antes de assumir a Casa Branca, o democrata havia prometido colocar “100 milhões de doses de vacina contra a Covid nos braços da população americana” até seu centésimo dia no cargo. A campanha de imunização nos EUA, porém, ultrapassou a marca nesta sexta, o 59º dia de Biden na Presidência.

O último balanço divulgado pelo CDC mostra que, no total, 118,3 milhões de doses foram aplicadas desde que a primeira equipe de profissionais de saúde de Nova York foi vacinada em 14 de dezembro, ainda no governo de Donald Trump.

Até agora, 77,2 milhões de pessoas receberam ao menos uma dose do imunizante e 41,9 estão completamente vacinadas -porque receberam as duas aplicações da vacina da Pfizer ou da Moderna ou a dose única da vacina da Johnson & Johnson.

Em média, o país tem aplicado 2,46 milhões de vacinas por dia e ocupa a nona posição entre as nações que administraram mais doses em relação ao tamanho da sua população -são 349,6 a cada mil habitantes. O primeiro do ranking é Israel (1.112,7), e o Brasil é o 60º, com índice de 61,2.

Quando Biden fez a promessa, em janeiro, menos de um mês depois do início da campanha de imunização, a média móvel de casos confirmados nos EUA ainda estava próxima do pico de mais de 250 mil infecções diárias. Desde então, a queda foi bastante acentuada, de modo que o índice registrado nesta quinta-feira (18) foi de 54,6 mil novos casos -redução de mais de 78%.

Os EUA ainda ocupam, porém, o primeiro lugar na lista nada honrosa de países com os maiores números de contaminados e mortos pela Covid-19. Desde o início da pandemia, foram mais de 29,7 milhões de casos confirmados e quase 541 mil óbitos, de acordo com os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Na Bahia, dia mais letal desde o início da pandemia foi em março de 2021

No dia 4 de março de 2021, a dois dias de completar um ano desde o início da pandemia, a Bahia enfrentou as 24 horas mais letais por consequência da Covid-19, tendo ocorrido 91 óbitos. Naquela data, o boletim epidemiológico registrou 111 novas mortes, ocorridas em datas diversas, mais contabilizadas nas últimas 24h.  O dado já confirmava que o estado mergulhava no momento mais crítico da pandemia. 

Na contabilidade por data da morte, o recorde diário anterior é de 83, quantidade identificada duas vezes na primeira quinzena de março deste ano, nos dias 3 e 7. Em 2020, o recorde diário foi registrado em 18 de julho. À época, a Bahia convivia com o momento mais intenso da primeira onda da Covid-19 e registrou 82 óbitos naquelas 24h. 

O número de óbitos ocorridos dia 4, no entanto, pode ser maior, já que a atualização dos números divulgados diariamente pela Sesab costuma identificar a ocorrência de notificações tardias. 

A pandemia no novo coronavírus já tirou a vida de 13.459 pessoas em território baiano. O boletim desta terça-feira (16) registrou mais um crescimento das notificações de óbitos ao destacar 118 novas ocorrências.  Este é o segundo maior dado para o período de um dia desde o início da pandemia, atrás apenas dos 137 registrados no dia 26 de fevereiro de 2021 (reveja).

Dentre os óbitos totais, 56,04% ocorreram no sexo masculino e 43,96% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,98% corresponderam a parda, seguidos por branca com 21,00%, preta com 14,97%, amarela com 0,52%, indígena com 0,14% e não há informação em 8,38% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 69,27%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,10%).

Segundo a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Apenas nove municípios baianos não registraram nenhuma morte por Covid-19

Desde a chegada da pandemia do novo coronavírus à Bahia, registrada no dia 6 de março de 2020, apenas nove municípios baianos não registraram a morte de nenhum de seus moradores em decorrência da Covid-19: Antas, Catolândia, Cipó, Cravolândia, Gavião, Ibiassucê, Irajuba, Novo Horizonte e Tanque Novo.

Entre eles, o município de Antas, localizado no território de identidade do Semiárido Nordeste II, é o que registra o maior número de casos confirmados da doença, com 777. Entre esses, 26 continuam ativos. 

Por outro lado, a cidade de Catolândia, na Bacia do Rio Grande, teve apenas 65 casos confirmados nos últimos 12 meses e apenas um deles se encontra com o vírus ativo no corpo.

Na mesma lógica, encontra-se o município de Cravolândia, no Vale do Jiquiriçá, que não possui nenhum caso ativo neste momento.

Ministério da Saúde prevê ‘tempestade perfeita’ com mais de 3 mil mortes diárias em março

Diante do caos visto no Brasil, a cúpula do Ministério da Saúde acredita que o país vai atravessar seu pior momento da pandemia nas duas próximas semanas. Os servidores no entorno do ministro Eduardo Pazuello estimam que ocorra uma explosão de casos e mortes no período, com os óbitos ultrapassando a marca de 3 mil registros por dia.

Segundo informações do Valor, que apurou as previsões, esse diagnóstico vem do que classificam como “tempestade perfeita”: o aumento da taxa de transmissão, com o vírus alastrado em todo o país, a circulação de novas variantes mais contagiosas e com maior carga viral, a iminência de um colapso no sistema de saúde de vários estados, de forma simultânea, e a falta de vacinas.

Na avaliação do ministério, a região Sul é a mais preocupante. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a ocupação de leitos de UTI por vezes passou de 100% durante essa semana. A equipe de Pazuello teme que São Paulo, na região Sudeste, também enfrente um colapso. Se ocorrer, eles dizem que os números dessa “tragédia anunciada” podem subir exponencialmente.

Enquanto isso, o presidente da República segue em posicionamento contrário às restrições defendidas pelos governadores, que têm imposto medidas como toque de recolher nas cidades.

Números seguem crescendo e Teofilândia registra mais 26 casos confirmados de Covid-19

A Prefeitura Municipal de Teofilândia emitiu mais um boletim epidemiológico ontem, quinta-feira, 4 de março. O município registrou mais 26 casos confirmados do novo coronvavírus – Covid-19, distribuídos entre o Centro (04), Povoado de Canto (09), Povoado da Brasa (01), Núcleo Habitacional (Vila) (01), Povoado de Bola Verde (02), Cidade Nova (02), Povoado de Serrote (01), Bairro Patos (01), Povoado da Malhada Grande (01) e Zé Valério (04). Foram liberados 13 relatórios de alta entre o Centro (06), Bairro da Maricota (01), Povoado de Bola Verde (01), Cidade Nova (01), Bairro Patos (01), Fazenda Fortuna (01) e Povoado da Malhada Grande (01).

Entre os casos suspeitos, foram descartados 21 por RT – PCR e Testes rápidos, entretanto, surgiram 14, totalizando assim, 48 pessoas sob suspeita. Quanto aos monitorados, foram descartados 32 por critérios epidemiológicos. Assim, 168 pessoas estão sendo monitoradas pela vigilância epidemiológica.

Até o momento, já foram confirmados 734 casos e 11 óbitos pela doença no município. 652 pessoas já se encontram recuperadas e 70 casos da COVID-19 se encontram ativos. Entre os suspeitos e monitorados, já foram descartadas até o momento, respectivamente, 2.962 pessoas por RT-PCR ou teste rápido e 1.526 pessoas por critérios epidemiológicos.

“Trazemos o alerta acerca do aumento do número de casos em nosso município e também para o cenário epidemiológico em nossa região, que demanda que os cuidados sejam redobrados para evitar a disseminação do coranavírus.

Reforçamos o alerta de que a taxa de ocupação dos leitos do Centro COVID-19 de Teofilândia se encontra elevada e que a taxa de ocupação dos leitos de UTI do estado também se encontram crescentes. É preciso reforçarmos os cuidados para evitarmos o colapso do sistema de saúde.

Lembramos a todos da importância de realizarmos a prevenção da transmissão do coronavírus com o uso de máscara de proteção, de álcool em gel e da prática do distanciamento social, para que juntos, possamos vencer a pandemia”, informou a PMT.

88% das mortes por Covid-19 acontecem em países com altos índices de obesidade

Um relatório lançado nesta quinta-feira (4), Dia Mundial da Obesidade, mostra que 2,2 milhões das mortes por Covid-19 em todo o mundo, de um total de 2,5 milhões, aconteceram em países com altos índices de obesidade.

O levantamento também revela que a taxa de mortalidade é multiplicada por dez em países em que mais de 50% da população está acima do peso. Nenhum país com baixo índice de sobrepeso (até 40%) tem alto índice de mortalidade -ou seja, maior que 10 a cada 100 mil pessoas.

O Brasil, com 93 mortes por 100 mil pessoas, tem 56,5% da população com sobrepeso e 22,1% com obesidade. EUA, México e Itália, por exemplo, têm índices semelhantes.

“A taxa de obesidade no Brasil não está alta somente agora, mas tende a aumentar. Projetamos que em 2025 mais de 25% dos homens vão ter obesidade, assim como 32% das mulheres. Precisamos agir imediatamente para tentar prevenir que crianças comecem a desenvolver a doença e tratar os adultos que já têm obesidade no momento”, diz Olívia Cavalcanti, diretora científica e de programas da Federação Mundial de Obesidade, entidade que elaborou o relatório.

Para ela, é surpreendente que o Brasil tenha, mesmo com uma pequena parcela da população acima de 65 anos (9,6%), tantas mortes por Covid-19. O índice é próximo da marca do Reino Unido, com 111 mortes por 100 mil habitantes, e que tem quase o dobro de idosos, 18,7%. As taxas de mortalidade foram obtidas a partir de dados da Universidade Johns Hopkins e as de sobrepeso e obesidade são da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Países considerados bem-sucedidos no combate à pandemia e proporcionalmente com poucos casos graves, como Japão (27,2%), Coreia do Sul (30%), Vietnã (18%) e Singapura (32%) teriam se beneficiado do baixo índice de sobrepeso (valor entre parênteses), além de medidas como rastreamento de contatos e distanciamento social.

“A gente já sabia que existia uma associação entre obesidade e risco de doença grave e morte, mas não estava claro que existia essa espécie de ponto de corte, a partir do qual esse risco aumenta tanto”, afirma a endocrinologista Maria Edna de Melo, presidente do departamento de obesidade da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

No Brasil, segundo o relatório, apesar de a elevada taxa de mortalidade por Covid-19 ser associada a falhas no controle sanitário e ao atraso da resposta do governo federal, a obesidade também pode estar desempenhando um papel importante.

A dieta do brasileiro, que piorou na pandemia, com a maior participação dos chamados alimentos ultraprocessados e de outros excessivamente calóricos e o baixo índice de atividade física regular, de apenas 15%, agrava esse quadro.

Mesmo que o principal fator de risco para casos graves e mortes por Covid-19 seja a idade avançada, as doenças crônicas também devem ser levadas em consideração nos planos nacionais de saúde, e inclusive nos de imunização, afirma Melo.

No Brasil, apenas os obesos com IMC (índice de massa corpórea, calculado com o peso dividido pelo quadrado da altura, expresso em kg/m²) acima de 40 estão entre aqueles a serem vacinados, junto com os que têm outras doenças crônicas. Melo argumenta que esse valor-limite idealmente deveria ser de 30, como adotado nos estados americanos de Nova York e do Texas.

“Mas isso acarretaria um número muito maior de vacinas, para imunizar cerca de 30 milhões de brasileiros”, pondera Melo. “Numa hora dessas não há uma receita de bolo perfeita. O plano tem que ser aquele que é mais viável.” Ela também alerta que pacientes obesos com Covid-19 em sua maior parte são jovens.

A explicação fisiológica para a ligação entre Covid-19 e obesidade está na inflamação. Por estar permanentemente em um estado inflamatório, o organismo da pessoa obesa tem seu funcionamento alterado. O sistema imunológico passa a despriorizar algumas linhas de defesa como a ativação das células NK, importantes no combate a infecções virais, explica Melo. Isso abre caminho para a doença se agravar.

Para quem já está com obesidade, algumas dicas da endocrinologista: “É importante olhar o que se tem na dispensa e deixar ali apenas alimentos que vão ajudar a manter a saúde. Aqueles que dão mais prazer, deixar para o final de semana ou para um dia de festa. Idealmente é melhor nem tê-los em casa. Também é importante planejar as refeições. Com todo esse estresse, é difícil racionalizar para escolher os alimentos mais saudáveis. E tem que fazer atividade física, mesmo entre quatro paredes. Aí vale usar a tecnologia a seu favor.”

Entre as frentes para se trabalhar no âmbito das políticas públicas, segundo a Federação Mundial de Obesidade, além da ampliação do acesso a tratamentos para a doença, está o investimento em ações para estimular o uso de transporte ativo (como bicicletas), a redução da pobreza, a disseminação de informação de qualidade e o consumo de alimentos saudáveis.

Claro, isso requer de dinheiro, mas vale a pena investir: segundo cálculo do FMI (Fundo Monetário Internacional), a pandemia pode causar uma perda de US$ 22 trilhões (R$ 124 trilhões) na economia global, por conta das mortes e do prejuízo nas atividades até 2025. Mais de um quarto desse total (US$ 6 trilhões) estaria ligado às condições pré-existentes, como sedentarismo e obesidade.

Ou seja, o custo de não fazer nada é alto.

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