Após mudanças, veja como fica lista de medicamentos gratuitos da Farmácia Popular

O programa Farmácia Popular passou a ser inteiramente gratuito nesta quinta-feira (13). A novidade foi anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas. Com isso, idosos e pessoas habilitadas a acessar o programa terão acesso, sem nenhum custo, a 41 itens de farmácia, dentre eles fraldas geriátricas.

Podem ter acesso à Farmácia Popular, além de idosos, pessoas com deficiência, beneficiários do Bolsa Família, pessoas com condições crônicas (como diabetes, asma e hipertensão) e pessoas com osteoporose e HIV.

Para retirar os itens farmacêuticos, quem tem direito ao programa precisa apresentar receita médica, documento de identidade e CPF. Para os pacientes acamados ou impossibilitados de comparecerem ao estabelecimento, o representante legal ou procurador deverá encaminhar-se até um estabelecimento credenciado e levar os documentos do paciente, bem como a receita médica.

Para a obtenção de fraldas geriátricas para incontinência, o paciente deverá ter idade igual ou superior a 60 anos ou ser pessoa com deficiência, e deverá apresentar prescrição, laudo ou atestado médico que indique a necessidade do uso de fralda geriátrica, no qual conste, na hipótese de paciente com deficiência, a respectiva Classificação Internacional de Doenças (CID).

Já para obtenção dos absorventes higiênicos, a pessoa beneficiária deve comparecer a um estabelecimento credenciado tendo em mãos um documento oficial com foto e número do CPF ou documento de identidade em que conste o número do CPF, além do documento de Autorização do Programa Dignidade Menstrual, em formato digital ou impresso, que deve ser gerado via aplicativo ou site do Meu SUS Digital, com validade de 180 dias. A aquisição de absorventes higiênicos para menores de 16 anos deve ser feita pelo responsável legal.

Confira a lista de medicamentos e itens farmacêuticos que são gratuitos pelo programa:

Diabetes

1. Cloridrato de metformina 500mg

2. Cloridrato de metformina 500mg – ação prolongada

3. Cloridrato de metformina 850mg

4. Glibenclamida 5mg

5. Insulina humana regular 100ui/ml

6. Insulina humana 100ui/ml

7. Dapagliflozina

Hipertensão

8. Atenolol 25mg

9. Besilato de anlodipino 5 mg

10. Captopril 25mg

11. Cloridrato de propranolol 40mg

12. Hidroclorotiazida 25mg

13. Losartana potássica 50mg

14. Maleato de enalapril 10mg

15. Espironolactona 25 mg

16. Furosemida 40 mg

17. Succinato de metoprolol 25 mg

Asma

18. Brometo de ipratrópio 0,02mg

19. Brometo de ipratrópio 0,25mg

20. Dipropionato de beclometasona 200mcg

21. Dipropionato de beclometasona 250mcg

22. Dipropionato de beclometasona 50mcg

23. Sulfato de salbutamol 100mcg

24. Sulfato de salbutamol 5mg

Anticoncepcionais

25. Acetato de medroxiprogesterona 150mg

26. Etinilestradiol 0,03mg + levonorgestrel 0,15mg

27. Noretisterona 0,35mg

28. Valerato de estradiol 5mg + enantato de noretisterona 50mg

Osteoporose

29. Alendronato de sódio 70mg

30. Dislipidemia

31. Sinvastatina 10mg

32. Sinvastatina 20mg

33. Sinvastatina 40mg

Doença de Parkinson

34. Carbidopa 25mg + levodopa 250mg

35. Cloridrato de benserazida 25mg + levodopa 100mg

Glaucoma

36. Maleato de timolol 2,5mg

37. Maleato de timolol 5mg

Rinite

38. Budesonida 32mcg

39. Budesonida 50mcg

40. Dipropionato de beclometasona 50mcg/dose

Quadro de incontinência

41. Fralda geriátrica

Ações contra planos de saúde na Justiça dobram e chega a 300 mil nos últimos 3 anos

A quantidade de ações judiciais de consumidores contra planos de saúde encerrou 2024 com quase 300 mil novos casos. O registro mais que dobrou nos últimos três anos, considerado o maior desde o começo do monitoramento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2020. 

Segundo reportagem do O GLOBO, a judicialização em grande escala pressiona custos e crescem os reajustes dos contratos, fazendo com que os usuários fiquem sem essa atenção e encontrem na Justiça um caminho para seus tratamentos, procedimentos e até para encontrar remédios. 

De acordo com a reportagem, mesmo o CNJ não informando quais ações mais comuns na Justiça, as maiores continuam relacionadas a negativa de procedimentos ou tratamentos, além de reajustes excessivos dos contratos, conforme advogados do segmento. 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recebeu 5.648 reclamações de usuários sobre as rescisões, somente nos quatro primeiros meses do ano. A quantidade foi 31% acima do que foi registrado em igual período de 2023. O crescimento só teria parado depois de um acordo entre as operadoras e o então presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. 

Moradores de Teofilândia denunciam atendimento inadequado de médica no Hospital Municipal

Moradores de Teofilândia relataram ao portal Teofilândia Acontece problemas no atendimento prestado por uma médica do Hospital Waldemar Ferreira de Araújo, localizado no bairro Vila, no centro da cidade.

Segundo os denunciantes, que preferiram não se identificar, a profissional, integrante do programa Mais Médicos, tem demonstrado descaso no atendimento, além de adotar uma postura considerada desrespeitosa. “Ela atende quando quer, abusa da ironia nas respostas e debocha dos pacientes”, afirmou um dos moradores.

Um dos relatos mais graves veio de um paciente que buscou atendimento de emergência. “Fui para a emergência e ela nem foi até mim. Ficava conversando com a enfermeira pelo celular, dizendo o que deveria ser feito, mas não avaliou minha situação”, declarou.

Fontes ligadas ao setor de saúde municipal informaram à equipe do Teofilândia Acontece que as denúncias já estão sendo apuradas pelas autoridades responsáveis.

Moradores denunciam descarte de lixo em açude seco na comunidade Cabeça da Vaca

Moradores da comunidade Cabeça da Vaca, situada na divisa entre os municípios de Teofilândia e Serrinha, manifestaram preocupação com o descarte irregular de lixo no grande açude local, que atualmente encontra-se seco. A denúncia foi encaminhada ao portal Teofilândia Acontece.

Segundo relatos da população, uma empresa estaria utilizando o espaço do açude como destino para despejo de resíduos, prática que vem gerando indignação entre os habitantes da região. De acordo com os moradores, os resíduos foram jogados no local no dia 30 de dezembro de 2024.

O açude, tradicionalmente importante para a comunidade, sofre agora com o acúmulo de lixo, o que agrava os impactos ambientais e ameça a qualidade de vida dos moradores. “É um descaso com o meio ambiente e com as pessoas que dependem dessa área”, declarou um dos denunciantes, que preferiu não se identificar.

Os moradores apelam às autoridades municipais de Teofilândia e Serrinha para que investiguem o caso e tomem as providências necessárias. Eles também destacaram a necessidade de ações de conscientização para evitar que situações como essa se repitam.

Até o momento, a empresa apontada na denúncia não foi identificada publicamente, e o caso segue sem respostas das gestões municipais envolvidas. O lixo ainda segue no local.

Assista ao vídeo enviado por moradores clicando no link abaixo: https://www.instagram.com/reel/DEpYulNRwgn/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==

Idoso morre após apagão em hospital de Santaluz; unidade não possui gerador

Funcionários do Hospital Municipal de Santaluz, localizado no Nordeste da Bahia, enfrentaram uma situação crítica na noite de terça-feira (7) devido à falta de um gerador. Para contornar a ausência de energia elétrica, a equipe precisou utilizar o gerador de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para manter os aparelhos médicos em funcionamento.

Durante o apagão, um idoso de 65 anos, Weliton de Souza Santos, que apresentava problemas cardíacos, estava recebendo atendimento na unidade. A equipe médica recorreu ao gerador da ambulância para garantir que os equipamentos necessários para o tratamento do paciente continuassem operacionais. Uma imagem registrada pelo radialista DJota mostra a ambulância conectada ao hospital, com uma extensão puxada para dentro do veículo. O idoso não resistiu e morreu na unidade.

Em nota, a Prefeitura de Santaluz afirmou que “a equipe de profissionais realizou as medidas de suporte necessárias em prol do paciente, incluindo a realização de eletrocardiograma e intubação orotraqueal”. No entanto, a ausência de um gerador no hospital é um problema recorrente e já vem sendo discutido há algum tempo.

No início de 2024, o vereador Deon Lima apresentou uma emenda impositiva que obrigava a gestão municipal, liderada pelo prefeito e médico Arismário Barbosa Júnior (Avante), a adquirir um gerador no valor de R$ 160 mil. Contudo, essa aquisição ainda não foi realizada.

Doenças similares à dengue e zika preocupam especialistas para 2025

A dengue registrou recordes históricos em 2024, mas a mudança regional e do tipo de infecções de doenças similares também tem mobilizado especialistas e o Ministério da Saúde para o próximo ano. 

É o caso do oropouche. Diferentemente das demais arboviroses transmitidas pelo Aedes Aegypti, como a dengue, chikungunya e zika, a doença é oriunda de um inseto chamado maruim. Conhecida desde os anos 1960 no Brasil, era interpretada como casos isolados no Nordeste. Isso mudou. 

Hoje, segundo Tânia Fonseca, coordenadora de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da FioCruz, um avanço inesperado já foi detectado no Espírito Santo, onde 3.112 casos foram confirmados. Em todo o país, são 10.940 casos de oropouche só neste ano. 

Os sintomas são similares aos da dengue, como dores musculares, náusea, diarreia e dor de cabeça. A especialista chama atenção para outro aspecto: a transmissão vertical –da gestante para o bebê. Similar à zika, o oropouche pode causar malformações no feto e até a morte. 

Em novembro, a FioCruz confirmou um caso de morte fetal no Ceará. Uma malformação também foi confirmada no Acre, enquanto 23 continuam em investigação. Em julho, a morte de dois adultos por oropouche aconteceu nos estados da Bahia e Maranhão, segundo a Saúde.

“Além de lidar com a dengue, que já são quase 6 milhões e 700 mil casos, mais aproximadamente 270 mil casos de chikungunya, a gente ainda tem 10 mil casos de oropouche”, diz Tânia.
 

Até agosto deste ano, a chikungunya também já havia feito mais vítimas do que em todo o ano passado. Em novembro, foram 200 mil casos, 210 mortes confirmadas e 112 ainda em investigação, de acordo com o monitoramento da Saúde. Além da proliferação do mosquito pelo mapa, fatores como a baixa resistência a anticorpos estão entre alguns determinantes para a letalidade da doença.
 

Segundo Tânia, a única arbovirose que retrocedeu em 2024 foi a zika, que não registrou nenhuma morte e 6.000 casos. Não há uma explicação para a redução, mas há um motivo para os recordes das demais arboviroses pelo país: a crise climática.
 

Até então, a presença do Aedes Aegypti era atribuída a regiões mais úmidas e também em períodos mais quentes, como no verão. “Hoje, até nos lugares mais frios, como o Sul, a gente tem Aedes. Ou seja, o vetor também evoluiu. Ele se adaptou”, afirma a especialista.
 

Em novembro, um estudo concluiu que, até 2050, a projeção é que 40% dos casos de arboviroses sejam relacionados às mudanças climáticas. O Brasil foi um dos 21 países analisados. Atualmente, 19% dos casos brasileiros estão ligados à crise do clima.

A razão é a mudança no regime de chuva e as mudanças abruptas de temperatura entre as estações. As duas características beneficiam a reprodução de mosquitos e insetos pelo país.
 

Para Rivaldo Cunha, secretário-adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, o governo federal calcula um orçamento de R$ 1,5 bilhão em ações contra a arbovirose para o próximo ano, de campanhas a inspeções domiciliares de criadouros.
 

“Passada a pandemia, o trabalho de [prevenção domiciliar] não foi retomado na sua mesma magnitude, no seu mesmo patamar que estava antes. Então, é uma coisa que nos preocupa para o próximo verão”, diz.
 

O valor inclui de inseticidas a compra de vacinas contra a dengue Qdenga, que Cunha reconhece ter sido utilizada ainda para uma parcela pequena população –4 milhões de crianças e adolescentes– devido à limitação de capacidade de produção do laboratório japonês Takeda.

A expectativa é substituí-la pela vacina do Instituto Butantan, que solicitou o registro à Anvisa na última segunda (16). 

Outra estratégia contra as arboviroses será ampliar para 40 municípios a soltura de mosquitos estéreis, geneticamente modificados, para frear a reprodução do aedes. Atualmente, Cunha diz que apenas três cidades do sudeste se beneficiaram do método na última década. 

Ao mesmo tempo, ele reconhece que ainda é preciso estudar mais o oropouche para traçar uma ação e evitar mais “uma dor de cabeça” como o surto de zika vírus, em 2015, quando mais de 10 mil infecções causaram microcefalia em bebês. 

“Nós não queremos vivenciar a mesma correria da zika com o oropouche”, diz.

Prefeitura de Teofilândia realiza mais uma entrega de próteses dentárias

O governo municipal trouxe o Programa Brasil Sorridente para o município, transformando sorrisos e cuidando da saúde bucal da população teofilandense. Com a adesão aos Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias, foram ampliados os serviços essenciais de saúde. Nesta terça-feira, 22, no PSF Centro, a gestão realizou mais uma entrega e confecção de novas próteses.

O Brasil Sorridente está ligado a diversas ações e programas do Ministério da Saúde, como o Programa Saúde na Escola, Plano Nacional para Pessoas com Deficiência, Saúde do Trabalhado, Vigilância ambiental e Fluoretação das Águas de Abastecimento Público, entre outras. Além disso, apresenta ações voltadas para a qualificação de gestores e profissionais de saúde e para a educação em saúde da população.

Quase duas mil pessoas aguardam por transplante de rim na Bahia

Aumentou o número de doações de órgãos e tecidos na Bahia. Segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado (SESAB), a alta foi de 24% no primeiro semestre de 2024, se comparado com o mesmo período do ano anterior. Entretanto, esse avanço poderia ser ainda maior se não fosse o índice elevado de famílias que recusam a doar de órgãos de parentes com morte cerebral, cerca de 60%.

No momento, 3.488 pacientes aguardando por transplantes no estado, destes 1.942 deles esperam por um rim e as outras centenas aguardam por fígado, córnea e coração.
Transplante de rim: quem pode ser um doador e como funciona o procedimento

Existem algumas restrições para quem pode ser um doador de órgãos de rim. Algumas das principais considerações incluem:

– Idade: é recomendado que doador possua menos de 60 anos;
– Saúde geral: o doador deve estar em boas condições de saúde e não ter nenhuma doença que possa afetar o funcionamento do rim transplantado;
– Peso: o doador deve ter um peso adequado para a altura;
– Histórico familiar: o doador não pode ter histórico familiar de doenças genéticas que possam afetar o rim transplantado;
– Tamanho do rim: o rim do doador deve ser compatível com o tamanho do receptor

Um transplante renal sem complicações dura em torno de três a quatro horas. Os rins do paciente não são retirados, ou seja, ele fica com três rins, porém somente o novo funciona normalmente. Além disso, a uretra do paciente é conectada ao rim para que seja possível a eliminação da urina.

Após o procedimento, a recuperação é simples e relativamente rápida. O paciente volta para casa depois de uma semana e, três meses depois, já pode retomar o ritmo normal com algumas restrições de alimentação e tomando medicamentos, que serão utilizados durante toda a vida.

Cães terapeutas podem ajudar no tratamento de transtorno de ansiedade

Há cerca de cinco anos, Mayara Correa, 24, juntou informações de sites, livros, vídeos, sobre cães de assistência emocional e questionou sua psicóloga se o animal poderia ajudar no tratamento de transtorno de ansiedade generalizada, estresse pós-traumático, transtorno de personalidade borderline e transtorno bipolar com os quais foi diagnosticada. 

“Eu só queria melhorar. Por que não mostrar e por que não ver se há possibilidade? Ela conversou comigo e falou ‘eu preciso te analisar antes para ver se você é apta a ter um cão de assistência, talvez seria o caso de mudar a medicação, fazer outro tipo de terapia'”, conta. 

Depois de um ano, Correa conseguiu o laudo de seu primeiro cão de serviço, Hagnar. Atualmente, ela cria conteúdo nas redes sociais para falar sobre cães de assistência no perfil “Vida em Matilha” e Sirius é o cão que a auxilia. 

“Ele me dá mais autonomia, mais independência, mais força também para seguir com o meu tratamento. Ele me auxilia nas tarefas básicas, como pegar e trazer a minha medicação ou algum outro objeto. Ele faz também a terapia de pressão profunda no meu colo, que é para me auxiliar quando eu tenho taquicardia, quando eu tenho uma respiração mais intensa durante a crise. Ele me alerta, evitando que as crises cheguem em um episódio com risco de me machucar”, diz. “Sou uma pessoa mais feliz e mais estável com ele”.

Ingrid Atayde, médica veterinária, psicóloga e chefe do Setor de Comissões Técnicas do CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária), explica que existem tipos diferentes de animais que podem ajudar em condições de saúde: os de serviço, como, por exemplo, os cães-guias; os de assistência emocional, que podem ajudar pessoas em crises de ansiedade e depressão; e os de terapia, que visitam hospitais, ajudam em fisioterapias, dentre outros. 

“Os animais de serviço são treinados individualmente para fazer alguma tarefa. Por exemplo, o cão-guia é treinado para funcionar como uma extensão do olhar do deficiente visual. O cão ouvinte é treinado para reconhecer determinados sons e avisar aquela pessoa que não escutou os sons. Tem o cão psiquiátrico, por exemplo, que é treinado para perceber uma crise de ansiedade”, explica. Outros exemplos, que incluem animais de serviço, são aqueles cães treinados para sentir o cheiro da pessoa e detectar se o índice glicêmico está baixo, por exemplo, ou se aquela pessoa vai entrar em convulsão, diz a médica veterinária. 

No TikTok, uma família americana mostra a rotina de um cão de serviço treinado para detectar alterações na glicemia de sua filha que tem diabetes. Em um dos vídeos, por exemplo, o cachorro avisa os pais da menina que sua glicose subiu muito enquanto ela dormia.

A médica veterinária explica que, no caso dos cães de serviço, não é qualquer cachorro que pode ser treinado. “Algumas raças são mais prováveis, por exemplo, labrador, golden retriever, mas dentro dessas raças eu tenho linhagens. Se eu pegar uma ninhada qualquer de golden retriever, por exemplo, possivelmente, no máximo 30% desses animais vão ter aptidão para cão-guia. Se eu pegar uma linhagem selecionada de cães-guias, esse número sobe para uns 70%”, afirma. 

Já o cão de assistência emocional, segundo Patrícia Muñoz, doutora em psicologia experimental pelo Instituto de Psicologia da USP e diretora clínica do Centro de Psicologia, Pesquisa e ABA em Houston (Texas) ajuda com apoio psicológico. “Só o fato de animal estar perto de você, você já tem uma mudança de cortisol no sangue. A pessoa se sente mais calma, mais tranquila. Por exemplo, uma pessoa que tem depressão e tem um animal de suporte precisa cuidar do animal. O animal de suporte está ali para gerar conforto”. 

A psicóloga relembra que, para ter um animal de suporte, a pessoa precisa estar em tratamento e o animal precisa fazer parte do plano individual de tratamento daquela pessoa. 

Em relação aos animais de terapia, Atayde explica que eles são treinados para ajudar em trabalhos, como visitas em hospitais, consultórios de psicologia, de fisioterapia. “Por exemplo, uma criança, um idoso, pode não ter interesse em fazer o exercício de rodar o braço na fisioterapia, mas jogar a bolinha para o cachorro ele quer, escovar um animal ele quer”.

Foto: Jose Ferreira Neto

Farmacêutica diz que nova injeção contra HIV aplicada duas vezes ao ano previne em 100% a infecção

A farmacêutica Gilead Sciences confirmou nesta quarta-feira(24) que um novo medicamento injetável conseguiu prevenir 100% das infecções pelo HIV na fase 3, a última, de um dos testes clínicos. Isso, caso a injeção seja aplicada duas vezes ao ano. Os resultados foram publicados oficialmente na revista científica The New England Journal of Medicine.

As informações também foram apresentadas na 25ª Conferência Internacional de Aids, que acontece em Munique, na Alemanha. De acordo com publicação do O GLOBO, o medicamento já é comercializado no país com o nome comercial de Sunlenca e já tem aval das agências reguladoras, porém para o tratamento de casos de HIV multirresistentes, e não como estratégia de prevenção.

Segundo a reportagem, o novo levantamento avaliou o uso do lenacapavir como uma profilaxia pré-exposição (PrEP), ou seja, uma terapia destinada a pessoas em maior risco de contato com o HIV para evitar que sejam contaminadas caso expostas ao vírus.

A estratégia de PrEP para o HIV é realizada através  de comprimidos que são tomados diariamente, antes de um possível contato com o vírus da doença ou depois. A medida tem uma alta eficácia, que chega a ser superior a 90%, e está inclusive no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017.

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